Construída no século XVIII, trata-se de um exemplar de arquitetura erudita de importantes dimensões. A varanda corrida estende-se ao longo das 13 portadas e faixas verticais em pedra. A 11 de Abril de 1832, o imperador do Brasil D. Pedro descansou durante a sua visita à vila das Velas, antes do desembarque dos liberais nas praias do Mindelo (08/07/1832). Foi propriedade da ilustre e opulenta família Cunha da Silveira, que dominou a vida política e social jorgense durante séculos. Atualmente, é pertença da Câmara Municipal das Velas, onde se encontra instalada a Casa Museu Cunha da Silveira. Esta Casa Museu dedica-se à preservação e promoção do património jorgense, tendo como tema "O Mar e a Terra – A Sustentabilidade de Um Povo". Aqui encontram-se diversas exposições dedicadas à agricultura, ao mar, à carpintaria e à tecelagem. Na sala dedicada à família Cunha da Silveira, para além dos vários aspetos relativos à importância da família na sociedade jorgense, destaca-se o seu contributo no processo de modernização dos laticínios na ilha, com a criação nos finais do séc. XIX de uma fábrica destinada ao fabrico de queijo e manteiga na Beira.